Será que eu tenho lipedema?

Você já ouviu falar em lipedema? Esta condição, embora ainda pouco conhecida, ganhou reconhecimento como doença apenas em 2021 pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). O lipedema é caracterizado pelo acúmulo localizado de gordura nas pernas, glúteos e tornozelos, resultando em inchaço e desproporção corporal.

Devido à falta de informação, o lipedema muitas vezes é confundido com outras condições, como obesidade e celulite. Para ajudar na identificação precoce e tratamento adequado, listamos 5 sinais reveladores desta condição.

1. Acúmulo e Dificuldade na Eliminação de Gordura: O lipedema provoca um acúmulo desproporcional de gordura em áreas como pernas, coxas, quadris, culotes e braços. Esta gordura é difícil de ser eliminada, especialmente quando confundida com obesidade.

2. Desproporção Corporal Marcante: Portadores de lipedema, predominantemente mulheres, apresentam uma clara desproporção de acúmulo de gordura, com membros inferiores e, eventualmente, braços maiores, preservando a área central do abdômen.

3. Fatores de Risco: O lipedema afeta principalmente mulheres, com estimativas apontando que cerca de 10% delas sofrem com essa condição. Distúrbios hormonais, como os ocorridos na puberdade, uso de anticoncepcionais, gestação e menopausa, estão correlacionados ao desenvolvimento e agravamento do lipedema.

4. Influência Genética: Embora não tenha cura, o lipedema pode ser controlado. Mudanças no estilo de vida, como adotar uma alimentação anti-inflamatória e praticar regularmente atividades físicas como hidroginástica, natação, pilates e musculação, são fundamentais para controlar a progressão da doença.

5. Tratamento Multidisciplinar: O diagnóstico e tratamento do lipedema demandam uma abordagem multidisciplinar. Além das mudanças no estilo de vida, outras medidas podem incluir o uso de meias de compressão, medicamentos e procedimentos cirúrgicos, como a lipoaspiração, para a remoção do tecido adiposo doente.

Embora o lipedema seja uma condição crônica, compreender seus sinais e adotar estratégias adequadas pode ajudar a controlar seus sintomas e melhorar a qualidade de vida das pessoas afetadas por essa condição.